Violência obstétrica: O seu parto é secreto?
Relatar o parto sempre me pareceu algo muito complexo. Devido às emoções do momento, devido à detalhes que você talvez prefira não citar (por falta de necessidade ou receio de quem escuta). O parto sempre me pareceu algo secreto, muito pessoal, muito resumido. E sempre me perguntei, desde criança, o quão complexo deveria ter um bebê. Como é possível “aí nasceu, fim”? Qual o começo dessas horas que marcam para sempre a vida de uma mulher? Como resumir tanto uma história tão importante, senão a mais profunda experiência na vida de uma mulher? O relato a seguir é longo, mas há tempos que eu sinto vontade de fazê-lo.
Bastou eu ter meu primeiro filho para entender. Aos 20 anos de idade, embora ainda jovem para ter um filho, eu estava preparada. Pesquisei, perguntei. Eu sabia o que queria, mas nem de longe sabia o que me aguardava.
Sem prematuridade, Pedro deu sinais num sábado às 4 da manhã, no dia 10 de setembro de 2005 que cansou de ficar onde estava. Foi uma noite de insônia. Levantei, fui ao banheiro e me deparei com mais água saindo do meu corpo do que jamais imaginei. Parecia tudo combinado entre nós! Tranquilamente, chamei o pai dele e disse que havia chegado a hora de irmos ao hospital. Me levaram à uma famosa maternidade na cidade de Xerém, considerada referência. Estava tão ansiosa que esqueci meu sobrenome e até a minha idade na hora de preencher a ficha da recepção. Fui orientada a entrar num corredor, vazio e gelado, sem meus acompanhantes. Sozinha. E aí o pesadelo começou.
Entrei numa sala escura, onde uma profissional iria me examinar. Subi numa maca e fui orientada a colocar as pernas em posição ginecológica. E mais água de parto sai. A moça não pensou duas vezes: em tom ríspido, disse: “EU NÃO ACREDITO que você sujou meus sapatos. EU NÃO ACREDITO! Era só o que me faltava! Você só pode ter feito de propósito!“. Não sei se vocês sabem, mas mulheres grávidas ADORAM sair por aí sujando sapatos das pessoas com água do parto. É uma atividade pouco explorada, porém emocionante.
Claro que não entendi nada. Fiquei confusa, perdida, envergonhada. Mas a ansiedade foi superior à dar ouvidos ao que aquela mulher dizia. E claro, eu não esperava um tratamento VIP numa maternidade pública. Mal sabia eu o que me aguardava.
Não lembro como, fui guiada à sala onde as grávidas ficam antes de entrar em trabalho de parto. E dá-lhe espetadas, dá-lhe toque. Na sala, haviam mais duas mulheres além de mim. E uma estagiária muito boazinha, que me dizia que eu poderia tomar banho quente se quisesse. E uma outra, que vinha checar o famoso remedinho na veia, e dizia “Dá pra você ficar quieta e parar de arrancar isso?” Já era horário de almoço e eu estava há mais de 12 horas sem comer e umas 20 horas sem dormir. Pedro ainda não tinha dado sinal que queria sair. Uma outra enfermeira entrou no lugar da estagiária boazinha e trouxe um rádio, desses pequenos, portáteis. Colocou numa rádio de pagode, num volume mais alto do que eu costumo ouvir nos dias de faxina aqui em casa. Cansada, com fome e incomodada com o som alto, perguntei se ela não poderia abaixar o volume. Furiosamente, ela desligou o rádio e saiu da sala. Ficamos sozinhas: as duas mulheres e eu.
Como é de se esperar numa situação que tudo encaminha para o desastre, uma das mulheres entrou em trabalho de parto. Na minha frente. Não haviam enfermeiros. E antes dela terminar a frase “Eu acho que vai nas…”, eu vi um parto assim, pela primeira vez, ao vivo, sem ser pelo canal da Discovery. Eu estava chocada e emocionada. Ao mesmo tempo, um desespero bateu: e se eu ficar aqui sozinha? E se não conseguir chamar ajuda? E se algo está errado, e se meu filho morrer?
Retratos da Violência Obstétrica
Pouco tempo depois, a outra moça também entrou em trabalho de parto. E eu fiquei sozinha na sala. Já eram quase 4 da tarde e nada do Pedro. Mais enfermeiros e a frase apareceu “‘Vamos adiantar isso logo? Vamos fazer força, o máximo que você puder”!. Com a força, gemidos. E não, não eram gritos, por mais que eu soubesse que poderia fazê-lo se quisesse. Um enfermeiro segurou forte em meu ombro, olhou para mim e disse “Acho bom você não gritar. Aqui não tem ninguém gritando com você, tem?“. Gritar? Moço, eu só tenho vontade de chorar desde que entrei aqui. Não perderia tempo gritando, se eu posso berrar, e na altura do campeonato, totalmente justificável.
Na hora da sala de parto, a minha maior surpresa: meu parto seria assistido por pelo menos 16 olhares de jovens estagiários. E também com um enfermeiro subindo em cima da minha barriga, forma utilizada para “ajudar a criança a sair“. Eu não sei dizer o que mais me incomodava. E nem o que mais doía, mas garanto: o parto era o de menos ali. Já ouviu falar em episiotomia? É um processo de incisão entre a vagina e o ânus, para “facilitar” o parto. Ninguém pergunta se você quer: somente fazem. Eu levei pontos, e como se não bastasse, ouvi da obstetra: “ops, desculpa… costurei errado, aguenta aí que vou desfazer e fazer de novo”. Afinal, o que são pontos feitos e desfeitos? Sossegadíssimo…
Passei mais 4 dias nesta maternidade, pois o Pedro teve icterícia. Chorei dia e noite. Quando parentes e amigos foram me visitar, chorei ainda mais. Implorei para que me levassem junto com eles, embora sabendo que isso não dependia deles. À noite, a coisa só piorava: as enfermeiras disputavam quem seria mais cruel com as mães. Acolhi o Pedro na minha cama, apoiei o berço na lateral e fiz uma espécie de barreira com mantas e minha bolsa para que ele não caísse. Sempre mantive meus filhos fora do berço e o mais próximo de mim possível, pois como alguns sabem, tenho deficiência auditiva, e dificulta muito ouvir sons mais distantes. Eu não conseguia dormir à noite, e já estava no auge máximo do cansaço. Adormeci e acordei com uma enfermeira me sacudindo e dizendo “Se a criança cair, PROBLEMA É SEU!”
Uma menina de 17 anos (que também chorava todos os dias) levantou da cama depois de uma cesária e caiu. Reclamava de dor todo o tempo. E as enfermeiras só diziam: “Levanta da cama de novo, então”. Uma adolescente, sendo castigada de várias formas possíveis…
Parto não deveria ser castigo. Parto jamais deveria ser uma experiência secreta, um relato perdido numa gaveta. Partos não deveriam ser traumáticos, não deveriam ser confusos. Hoje, 8 anos depois, tenho um filho lindo e saudável, ainda carrego de forma dolorosa essa história e gostaria muito de ter tido uma experiência diferente para contá-la quando ele crescesse. Mas eu não quero mais que meu relato seja secreto. Há oito anos atrás, me senti impotente, não sabia com quem compartilhar, sentia medo e vergonha. Me senti culpada, me senti humilhada. Felizmente, muita coisa mudou, e muitas mulheres tem criado voz para que novas histórias sejam escritas da melhor maneira possível. Eu acredito que quanto mais mulheres tirarem seus partos do arquivo secreto, mais histórias como essa ou piores podem ser evitadas. E a melhor forma de poder reescrever uma história que não deu certo, é evitando que outras sejam escritas da mesma forma. Eu não quero mais partos secretos.
Gostaria de agradecer ao grupo Roda de Mães de Ubatuba, por conscientizar e orientar cada vez mais muitas mulheres a terem uma boa experiência com o parto. O grupo foi o principal incentivo para que eu conseguisse fazer esse post. É um projeto lindíssimo e vocês podem saber mais clicando aqui sobre o vídeo que eles fizeram sobre a Semana do Aleitamento Materno.
Violência obstétrica: você foi vítima?
Gostaria também de indicar para leitura esse lindo post da Dani, do Ricota Não derrete.
Concluí o curso de enfermagem há mais de 10 anos e vi tudo que você relatou de perto, durante meu estágio na disciplina de Saúde da Mulher. Foi meu pior semestre e não via a hora do semestre acabar, pois odiava os profissionais envolvidos. Vi toda essa tortura de perto e me sentia péssima, constrangida e com nauseas.
Lembro que numa prática de pré-natal, enquanto eu examinava uma gestante, a professora começou a berrar no consultório – Vocês pensam que eu vou ficar aqui a vida toda! Andem logo com essas consultas, pois eu tenho mais o que fazer! – Eu constrangida, paciente constrangida, parte das colegas constrangidas e outra parte rindo.Muito triste e revoltante ver a forma como gestantes são mal cuidadas e colocadas em situação de constrangimento constante.
Agora imagina como são tratadas as mulheres vitimas de aborto, independente do aborto ser espontâneo ou provocado. São tratadas como lixo.
Olá!
Me emocionei muito com o seu relato, pois cinco dias antes de vocês escrever esse post eu estava perdendo minha filha e passando por violência obstétrica num hospital do SUS. Dei entrada em trabalho de parto e com sangramento. Eles não deram importância e forçaram o parto normal com soro/ocitocina. Resultado: minha filha (Amora) tão esperada e desejada, se foi. O hospital é tido como referência aqui em Recife, mas pelo que vi é normal os bebês virem à óbito, porque somente no tempo em que estive internada foram relatados quatro óbitos. Hoje, estou recuperada e já espero outro bebê. Dessa vez será diferente e não terei que ir pro SUS.
Só nós que passamos é que sabemos o quanto doeu e ainda dói ter que lembrar dessas coisas.
Um beijo grande e um abraço.
Vitrola, quando leio relatos como esse, me sinto tão triste… Sou formada em Enfermagem e já fui um desses “16 olhares”. Já estagiei em maternidade pública e fui a “estagiária boazinha” de alguém que passou por situações tão complicadas quanto a sua. Desde sempre vi o parto como um momento especial para qualquer mãe, mas há tantas histórias que mostram que foi apenas algo constrangedor e traumatizante…
Felizmente as coisas estão começando a mudar. O parto humanizado já é algo muito presente e espero de coração que os profissionais sejam mais bem preparados.
Obrigada por dividir sua história e meus parabéns pela coragem. Você é uma mulher e mãe admirável.
Nossa, Rê… muito legal mesmo a sua atitude de compartilhar isso conosco. Eu não fazia idéia de que coisas assim aconteciam. Eu tinha uma idéia completamente cor de rosa sobre um parto. Fiquei cabreira e revoltada.
Achei muito bacana esse projeto. Espero que a mulherada tenha essa mesma atitude e compartilhe.
Um grande beijo!!
Oi Re,me identifiquei muito com seu texto,com seu relato,parecia que eu estava lendo tudo que me aconteceu quando fui ganhar minha filha.
Aconteceu tudo isso que tu escreveu…a parte da episiotomia,costura errada( a cicatriz horrível que aparece e pode ser sentida até hoje),de brigarem por eu ter sujado chão,a maca,entre outras situações que foram citadas em seu textos e outras outras que não foram….
Hoje minha menina tem 15 anos,nunca mais cogitei a possibilidade de engravidar unica e exclusivamente por conta da tortura na hora de ganhar…
Beijos!
Olha Rê, muito difícil encontrar quem teve filho em rede pública e não sofreu violência obstétrica. Eu também sofri violência obstétrica no parto do Italo e não sabia, descobri estes dias, achava que tudo o que tinha passado era procedimento normal, que era assim mesmo que funcionava, já que era o que tinha escutado de amigas, primas e até da minha mãe, que teve filhos há quase 40 anos. Acho super importante o seu relato, temos que falar, cobrar, fiscalizar, orientar as amigas que sabemos que vão passar por parto em rede pública o que é esta violência e o que elas podem fazer para se resguardar. Obrigada por compartilhar sua experiência.
Lamento muito e não duvido nada que isso tenha acontecido, antes de ter filhos ouvia muitos relatos assim de mulheres aqui na baixada, só quem mora por aqui e precisa de hospital público é que sabe como é precisar de um atendimento. Graças a Deus meus dois PNs foram ótimos, em hospitais da Baixada, não tive do que reclamar, mas a realidade geral não é essa. Infelizmente! Força sempre, amiga!! Bj!!
Renata! Estou impressionada com o seu relato. =/ Nossa. Obrigada por dividir a experiência. Beijo.
Caraca, eu lendo esse post acredita que meu sangue ferveu? Nossa, primeiro que não permitir acompanhante é péssimo e ainda tratar mal, até que você foi bem educada.. Eu imagino que se fosse comigo, teriam ouvido muitos palavrões ao invés de gritos.. Sério, to bem nervosa aqui e com vontade de matar um, pq me coloquei no seu lugar.
Eu acho estranho que as pessoas tenham coragem de agir assim, pq o outro está numa posição indefesa e por isso querem tratar mal. Será que eles não sabem que um dia vão cair numa cama de hospital? E eu sei que pessoas assim atraem isso. Será que as enfermeiras não sabem que um dia suas filhas vão passar por isso? Ou netas.. Será que elas não pensam que um dia vão ficar velhas, cagando na calça e dependendo de todo mundo para tudo??? É uma coisa viu… No dos outros é refresco, mas a vida devolve mil vezes pior. Que Deus esteja comigo quando for a minha vez xD
Mas pra ver como a vida é, felizmente seu filho está saudável hoje e você também!
A minha história de nascimento não foi muito bonita também, por conta de incompetência médica eu quase morri! Aliás, tiveram que me trazer de volta 3 vezes. Vieram médicos de vários lugares por causa do meu caso, eu já estava desenganada e mesmo que eu sobrevivesse teria sequelas e hoje estou aqui 100% saudável e sem nenhuma sequela. 🙂
O bom é que a história teve um final feliz.
Beijoss
Ai Re, o meu parto me assustou bastante…lembro que contei no blog como foi, mas nem tinha ideia que tinha sofrido isso. Lembro-me que eu não conseguia fazer força, então fizeram a episiotomia – eram 3 enfermeiras – sinceramente até hoje me sinto estranha por isso, sei que fiquei quase um mês sem sentar direito por conta dos pontos. Sofri bastante com isso, fora que fiquei uma semana no hospital ainda, mesmo sem ter problema algum…mas eram as normas. Não via a hora de ir pra casa…e por conta disso tudo, não tenho vontade de ter outro, por que só de pensar nisso tudo, fico com muito medo.
É surreal essas coisas ainda acontecerem, me arrepio toda a vez que leio relatos como esse…
Fico pensando se essas pessoas que te trataram desse jeito tão desumano realmente nasceram… pois parecem filhos de chocadeira…
Um momento que é tão sublime ficar marcado com essa violência, é realmente triste!
Se não tem perfil para ser médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem… vá procurar outro emprego (se possivel que não lide com seres humanos… nem animais, pois nem eles merecem ser tratados desse jeito)…
temos que abrir a boca siiiimmm…dizer um basta a tudo isso!!!
Desculpe o desabafo…mas meu sangue ferve quando pessoas não são respeitadas!!
Bj Bj
Pri
Nossa! Acompanho seu blog tem um tempinho e me deparei com seu relato hoje.. Fiquei imaginando sua dor… Tanto externa quanto interna.. Realmente é bom as pessoas tirarem do “secreto” para quem sabe haver algum ounicao, alguma atitude contra esse tipo de atendimento!
A qq hora posso parir, mas vou parir num pais onde a mulher é respeitada, onde a cesaria é somente em casos necessarios, mas torço muito pra que a cabeça do Brasil mude e que em a,guns anos seja referencia de otimas atitudes nesse momento tao precioso da mulher.
Olá Re. Fiquei triste e chocada com seu relato. Muitas mulheres ainda sofrem ao parir seus filhos.
Rezo todos os dias para que quando engravidar, consiga realizar o sonho de ter meu bebê em casa, com doulas e parteiras. Por coincidência, semana passada fiz esta postagem: http://www.eueumesmagabrielle.com/2013/09/parto-com-amor.html quando puder, dá uma lidinha. Lá conto sobre o Parto com amor.
Beijinhos.
Ai Rê me emocionei demais com teu post, nao tinha ideia ao ler o nome do post q seria assim.. lembrei d todos os relatos da minha mae d qnd foi ter meu irmao em q ela passou 4 DIAS sem dormir direito e sem comer regularmente por estar em trabalho de parto, viu muitas meninas assim na enfermaria dela, sendo maltratadas na enfermaria, meninas de 14, 13 anos sofrendo sozinhas e tendo seus partos la, meninas q só foram atendidas qnd entraram em “Eclampse” (é esse o nome?).. ela passou por coisas como essa incisão e o pior disso tudo eh q meu irmão qnd ouve, diz e pensa que “é culpado dela ter sofrido tanto”.
Por essas e outras historias da minha familia, como minha tia que fizeram cesária nela sem solicitar ngm, q tomei medo, pavor de parto.. qnd alguem começa a contar minhas maos suam, fico ansiosa, tipo quem tem TOC com organização e vê um quadro torto na parede.
Lindo e maravilhosamente importante o “trabalho” de vocês para que isso mude e que essas pessoas sejam punidas por estragarem momentos por vezes tao aguardados, almejados, planejados e sonhados por muitas mulheres e famílias.
Muito embora eu soubesse que essas coisas existiam, nunca tinha lido/ ouvido um relato de primeira mão. Estou chocada agora, como é que alguém é capaz de fazer tudo isso, sobretudo profissionais mulheres que também podem vir a engravidar?
Muito bom esse seu relato… quem já passou por isso saberá que não está sozinho e terá mais facilidade de desabafar. E quem, como eu, que ainda não teve filho, ficará mais atento quando chegar o momento.
Beijos.
Rê, mais uma vez venho aqui te parabenizar pelo belíssimo post! Contar o que de errado acontece é uma das atitudes mais corajosas e lindas que existe, porque só dessa forma conseguiremos que algo mude!
Sinto muito pela experiência que tu passou, lendo aqui desse lado parece que a gente tá lá, parece que dá pra sentir e o pior de tudo é saber que de fato tu sentiu tudo isso!
Um abuso desse tamanho não deveria ficar impune, tu tentou falar com o hospital?
Espero que essas enfermeiras e médicos que nada te perguntaram e nada de carinho te passaram algum dia acordem e pensem em como eles gostariam de ser tratados!
Ainda bem que apesar de toda essa experiência traumática tu recebeu um dos mais lindos presentes da vida e espero que todos os dias ele te lembre que a felicidade que tu tem por ter ele amenize os traumas que tu sofreu!
Mais uma vez, admirável a tua atitude de compartilhar tua experiência!
Um beijo, Fran!
http://www.blogdaruiva.com
Eu não tenho experiência nenhuma no assunto, mas fiquei muito sensibilizada com o seu relato as pessoas só pensam no pós e nunca no pré. É de suma importância divulgar estes tipo s de abuso, parabéns!
Totalmente emocionada do lado de cá. Infelizmente não fui mãe, mas conheço o “cerumano” o suficiente para saber que sim, esse desamor é verdade. Minha irmã pariu em uma maternidade pública também e nos contou os absurdos.
É tamanho descaso e desrespeito com um momento tão vital! Isso é simplesmente brutal e me faz lembrar da vergonha que tenho de fazer parte desta mesma espécie.
No mais, nem sei mais o que dizer. Beijo grande pra você, Vitrola.
Renata, que história comovente, tava ficando com vontade de chorar imaginando tudo… Nossa, fiquei até com medo, não sou mãe ainda e tenho um sonho em ser um dia, mas espero que esse momento tão lindo e esperado na vida de uma mulher seja diferente comigo e com as demais mulheres… Que absurdo!!! Absurdo mesmo, eu sempre soube que o tratamento no SUS é horrível, mas nunca tinha ouvido ou lido nada do tipo de alguém. Uma vez eu ouvi uma conversa de uma enfermeira que me deixou com ódio, ela dizia que não gostava de dá plantão em hospital particular porque não podia tratar mal os pacientes… Vê se pode?! Realmente essa sua história não deve ficar escondida e “esquecida”, deve sim ser divulgada pro mundo e se possível, com os nomes dos profissionais, pra que outras mães não tenham a mesma sorte na mão deles… Parabéns pela sua coragem, eu já te admirava, agora então… Graças a Deus você e seu filho estão bem ne? Beijos!!
é Re, infelizmente, essa é a realidade do nosso país. Minha mãe mesmo com convenio teve um dos nervos lesados por causa da anestesia e já fez várias cirurgias pra não perder o pé, além dele ser torto e desfigurado.
agradeço por compartilhar sua experiencia pq acredito que isso nos torna mais fortes. Nossa união é nossa força.
eu fico pensando como essas enfermeiras sendo mulheres tem coragem de ser tão crueis? mesmo mto delas sendo mães tbm?
temos que mudar essa realidade. e acho que começar a
trazer a tona isso é um bom começo.
Rê, minha experiência de parto foi assim, bem parecida com a sua.
Num hospital público, cheio de estagários, cheio de “terror” de desamparo, de sentimento de abandono e desespero, com gente gritando em volta de mim e enfermeiras falando maledicências, com caras amarradas e muita má vontade. Falta de informação, respeito e cuidado com tá quem tá parindo. Gente subindo na minha barriga e ocitocina no soro. Piriquita cortada e tudo mais que é de praxe. Enfim… Só que eu nunca guardei esse “segredinho” sempre fiquei indignada com tudo isso!
Entendo tudinho que você falou e que bom que você decidiu colocar a boca no mundo!
Um beijo carinhoso!
Rê, você não teve “azar” ou foi a única. Isso é muito mais comum do que parece, mas muitas mães “deletam” da memória ou pensam “mas meu filho está saudável, mesmo o parto não tendo sido como eu queria”.
Estou começando a frequentar grupos de parto natural aqui em Poa e ouvi histórias que me chocaram horrores! Tanto que mães quanto de enfermeiras que pretendem ficar grávidas e não querem passar pelo que elas vêem tantas mulheres passando onde trabalham.
Não sei porquê colocam pessoas que simplesmente não gostam de mulheres para fazer um trabalho tão lindo e delicado como a assistência ao parto. Mas o buraco é bem mais embaixo, faz parte de toda um negócio cultural e também quase que mafioso dos hospitais/médicos/planos de saúde.
É por essas e outras que eu e o Rafa estamos planejando e torcendo para que tudo dê certo e a gente possa ter nosso filho no aconchego do lar, com a equipe que escolhemos e com autonomia nas decisões sobre os procedimentos que devem ser feitos. Eu espero que essa ideia se torne uma tendência cada vez mais forte entre as novas mamães e que a gente possa virar o jogo para o parto ser como NÓS, as protagonistas deste momento, queremos, e não do jeito que for mais fácil para os outros.
Não é novidade pra ninguém a mulher de garra que você é, mas valeu por compartilhar mais essa experiência!
Beijos!!
Parabéns por compartilhar sua experiência Rê! Isso realmente vai ajudar muita gente!
Minha prima sofreu violência obstétrica, toda vez que ia contar do seu parto ela chorava e por isso não quer nem pensar em ter outro filho, de tanto medo.
Minha madrinha também passou por isso há cerca de um ano atrás. Muito triste.
E confesso que isso me deixa com bastante medo de quando chegar a minha hora!
Beijokas!
Nossa Re, eu não sei nem o que dizer direito. 🙁
Eu tive um papo entre minha mãe e irmãs há alguns dias atrás após a perda da minha gravidez, disse que eu queria muito ter um parto humanizado, com respeito. Que tinha medo de parar em uma cesárea desnecessária e desrespeitosa. E que eu iria conversar com o meu obstetra sobre isso pois já estamos planejando tentar novamente. Queria deixar claro que não queria passar por nada que me deixasse desconfortavel. E uma das coisas que mais me deixou chateada nessa conversa é que a minha mãe falou que isso era bobagem minha e que teria que ser feito o que era necessário. Ela acha que as pessoas dramatizam demais hoje em dia. Enfim, a violência vem de quem também não tem informação nenhuma. E olha que a minha mãe é ratinha de internet, mas alheia a está atenta notícias e informações do momento… meio que tem um bloqueio contra isso. Me senti desamparada na hora. Para a minha sorte, meu marido me apoiou assim que disse o que queria e para me tranquilizar mais meu obstetra também me apoioi. Disse que será feito de tudo possível para que eu tenha um parto normal e que uma cesária só aconteceria caso ocorresse risco de vida a mim ou ao bebê.
Eu sinto muito mesmo de coração que você tenha passado por essa violência toda, e fico triste que a realidade no nosso país seja essa. A hora do parto deveria ser sagrada, deveria ser o momento mais lindo da vida de uma mulher… gostaria muito que todos os profissionais de saúde entendessem isso e respeitassem…
Fico feliz de você e outras mulheres relatarem tudo o que passaram, isso ajuda muito na luta contra essa violência absurda! Está sendo um trabalho lindo e com certeza tem o meu total apoio!
Um grande beijo em ti Vitrolinha! Espero que esse post tenha trago um pouquinho mais de alento ao seu coração e esperança para que nós todas conseguimos lutar contra essa realidade triste.
Re que emocionante sua história, tenho amigas que passaram por tudo isso, e minha irmã passou tb pela mesma coisa, felizmente eu não passei porque tive um parto sofrido mas ótimo, bem e eu gritei o quanto pude e sinceramente falei palavrões o quanto pude, mas a equipe que estava comigo já sabia da minha SP e me tratava bem porque pensava: Aquela louca vai nos dar trabalho, fora meu marido que estava comigo e mais advogados e etc. Mas eu não sei se teria sua força e finesse, sim finesse porque no meio disso tudo eu teria botado o terror no hospital com milhões de acusação de ações na justiça.
Eles não podem fazer isso, enfermeiras não podem fazer mas sabemos que fazem.
Meu parto: http://coisasdagigi.com/2013/03/20/mae-neura-filha-de-boa-o-parto/
Oi Re, são 07h40 da manhã de um sábado e eu estou chorando. Passei por essa mesma situação há 14 anos atrás, quando eu tinha apenas 16! A diferença é que a Duda não teve icterícia e o “forceps” foi em outra mulher que estava do meu lado, fora isso parece minha história. Sabe, há dois anos atrás engravidei de novo e apesar de ter um ótimo convênio médico e saber que desta vez não precisaria recorrer à rede pública, eu tive muito medo. Chorei uma semana antes da minha cesárea pois vi uma reportagem de uma grávida e seu bebê que morreram por falta de atendimento, passou da hora. Chorei no momento que cheguei na maternidade, parecia um hotel 5 estrelas, chorei no parto, parecia a equipe do Dr. House, chorei quando voltei pro quarto, quando voltei pra casa. Chorei pq lembrei de meu primeiro parto, da moça da tv que morreu e pensei em mais um monte de gente, me senti culpada pelo ótimo tratamento, pq não pode ser assim pra todas as mães? Mas também orei agradecendo por ter tido um 2° parto tão bom, foi um momento muito feliz! Obrigada por dividir sua história e nos deixar espaço pra contar a nossa.
Nossa Re sinto vergonha do nosso país sabe? Penso que para area da saude precisam formar pessoas que amam aquilo, que amam cuidar, que amam acolher uma mae de primeira viagem com medo do parto. Esses meses minha prima ganhou bebe, sofreu no hospital também, colocaram tanto esparadrapo que queimou a pele dela acredita?=x
Deveriam era processar essas enfermeiras de merda pra não dizer outra coisa ne?
Mas tudo passou, e tem um filho lindo hoje,ne? 🙂
Relato triste porém muito importante, é preciso sair do anonimato pra que as pessoas saibam o que acontece (eu mesma não tinha noção do que acontecia exatamente) pra que possamos exigir uma atitude.
Rê, parabéns pela coragem e desprendimento em dividir conosco o que aconteceu. O pior de tudo é imaginar que a “dor” psicológica foi muito maior do que a física; infelizmente conseguiram transformar o momento mais importante na vida de uma mulher no seu pior pesadelo.
bjss
Nossa Re, minha mãe também conta que quando ela foi ter eu e meu irmão ela passou e viu coisas horríveis!
Cutucavam ela, e ela estava em um lugar cheio de mulheres também, de todas as idades.
Ela conta que tinha uma moça a mais de 24 horas em trabalho de parto, que chorava muito e gritava por socorro, eis que veio uma freira que mora no hospital junto com a enfermeira q veio dar uma olhadinha e falou pra essa senhora q se na hora q ela tava abrindo as pernas e rodando os olhos ela também gritava por socorro, que ela tinha certeza q ñ, q ela tava é gostando, então que aturasse o parto.
Minha mãe disse q depois disso a moça ñ deu mais um piu, virou pra parede deitada e la ficou sem se quer se mover, e ficou assim por horas, minha mãe teve seu parto e ñ sou da moça, ela ñ estava com as demais serem mães.
E confesso que quando fiquei gravida tive muito medo dessas historias que minha mãe contava.
Mas comigo foi tudo tão diferente, tão maravilhoso que sinto saudades do dia do parto da Surya.
Minha medica sempre foi (e é) a pessoa mais doce que já conheci, cheguei no consultório dela em trabalho de parto, porem Surya ñ encaixava de forma alguma, minha medica ñ ficou me cutucando, ela tentou uma vez só encaixar a Surya mas disse q ñ ia fazer a gente ficar sofrente, que eu iria para a cesariana, por que poderia causar sofrimento na Surya e em mim ficar forçando o parto normal.
Ela escreveu um bilhete a mão pra que eu entregasse na maternidade e q ela iria em seguida pra maternidade, enquanto eu estava no consultório dela ela ligou pra um batalhão de gente no hospital q eu ia ficar e deu varias ordens, de medicamentos e monitoramentos.
Cheguei no hospital e fui tratada como uma rainha, serio!
Todas as enfermeiras só vinham fazer carinho nas minhas costas e pernas e verificar os monitoramentos cardíacos meu e a Surya, ninguém me olhou nas partes intimas, só uma ginecologista que minha medica ligou e pediu pra ver como estava a dilatação etc… mas foi só quando cheguei, ai ela telefonou pra minha medica e disse o que viu etc… e depois disso, nenhum cutuque ou espiadinhas debaixo do roupão.
A cirurgia foi tranquila, antes do meu marido poder entrar na sala de parto, as enfermeiras ficaram de mãos dadas comigo, o anestesista passava a mão no meu cabelo, perguntava se tava tudo bem, depois todos se apresentaram pro meu marido, o trataram bem tb!
Depois do parto tive uma pequena hemorragia, e eu q já achava q estava sendo paparicada, fiquei ainda mais rs… o susto da enfermeira q veio me ajudar a levantar pra tomar banho foi tanto, q de minuto em minuto sempre uma enfermeira saber como eu estava, e sem cutuques rs…
Também trataram a Surya super bem, no entanto Surya se engasgou no primeiro dia de nascida, e as enfermeiras foram maravilhosas, atenderam rapidamente, depois tentaram me acalmar, nossa ñ tenho queixas!
Não sei se no publico hj em dia é bom assim, eu tive no hospital particular, porem ñ paguei nada pelo atendimento, fui atendida pelo convenio ( o mais barato possível) e tive o tratamento igual ao das outras mamães que pagaram mais de 10.000 por parto e hospedagem de acompanhante.
O Serviço publico tem que tratar as pessoas com dignidade e amor!
Nossa desculpe pelo “pequeno” texto rs..
Bjs
Eu tive o meu filho em hospital publico tbm, ele nasceu em 2012, eu sempre escutava relatos absurdos sobre o hospital aonde eu tive ele, mas ainda bem que eu não passei por violência obstétrica, fui bem atendida meu parto demorou muito mas as médicas foram bem paciente! Eles me cortaram tbm sem o meu consentimento, não gostei muito. Mas de resto só tenho a agradecer, na minha gestação eu sempre tive medo de me maltratarem por eu ser mãe nova e tal, mas nada disso aconteceu 🙂
Beijos.
Que triste nunca imaginei que vc tbm ja tinha passado por isso, eu achava que meu parto tinha sido ruim, também foi meio traumático, mas lendo o seu vi que poderia ter sido bem pior…gente isso realmente precisa vir a tona para que as mulheres sejam respeitadas neste momento tão delicado, soube que em outros países não é assim, eles tem as doulas e as mães tem bebes na água sabe, é mais uma coisa que nosso país precisa evoluir, saúde publica é triste, mas admiro sua coragem em relatar e relembrar para tentar mostrar essa realidade e assim aos poucos conseguiremos mudá-la para melhor.
Re…desculpe a intimidade, mas eu também passei por um parto BEM semelhante em hospital público São Lucas em Diadema SP a 20 anos atrás…panico era o que eu senti, não irei relatar aqui porque irá ficar muito grande. bjs
Andrea, fique à vontade se quiser fazer seu relato, ok? Um beijo!
Eu vou ter que fazer o meu parto pelo SUS e infelizmente vai ter que ser cesárea. Eu vou incomodar muito para deixarem o Tiago me acompanhar, pq tbm conheço muitas mãe que passaram pelo que tu passou Rê. :/
Aline, mesmo sabendo que é permitido por lei, ainda há muitas maternidades que se recusam. Nessa época já era permitido e mal deixavam visitas. É muito importante ter alguém do lado, ajuda muito.
Um beijo,
Re
Que isto seja a exceção, e não a rotina…. muito triste e angustiante ler seu relato, parto tem que ser “O momento” do início da vida da mãe e do filho, e não um pesadelo. Infelizmente, nem todos escolhem a profissão por afinidade, indiferente do valor a ser ganho, ainda mais na área da saúde, onde os profissionais deveriam se colocar no lugar da pessoa atendida, refletir que um dia a situação se inverte e estes profissionais também irão precisar dos serviços de saúde. Graças a Deus e a você seu filho está bem, apesar das feridas que irão permanecer em sua alma. Parabéns pela coragem e iniciativa em compartilhar esta história, que sirva para todos refletirem sobre como tratam os outros, tem faltado amor no coração das pessoas.
Re, não sabia que você tinha passado por isso! Leio relatos e sinto tanto medo. Em quem confiar, né? Achei muita coragem vc se abrir e finalmente tirar isso do arquivo secreto! Que esses relatos mudem esse cenario e evitem que mais mulheres sofram com isso! Parabéns pela atitude! Você é uma guerreira <3
Nossa, flor, como você conseguiu guardar isso por tanto tempi? Que sofrimento… Logo num momento táo especial para toda mulher, passar por isso deve ter doído demais… Mas que bom que você conseguiu falar agora, e acredito que isso te dará um alivio muito grande, embora não diminua a dor (em todos os sentidos) que você passou.
Que sirva de exemplo para todos nós. Temos que falar mesmo, tanto para tirarmos esse peso do coração mas principalmente para,através da denúncia, punirmos esses animais que aproveitam o momendo de fragilidade para fazer atrocidades.
Um beijo!
Dayane Ribeiro
Salvador – BA.
Isso é muito triste, Rê, ainda mais que você não é a primeira pessoa que eu vejo falar sobre esse abuso numa hora em que a mulher está tão frágil e que deveria ser um momento natural e esclarecido. Também não é exclusividade do sistema público, apesar de ser mais frequente e até comum em hospitais assim. Realmente está na hora disso acabar e nós temos de saber de nossos direitos e exigí-los desde o pré-natal até o pós-parto. Pra começar, se eu não me engano, é permitido um acompanhante na sala de parto, certo? O parto humanizado não é uma modinha, é um direito da mulher e da criança. Eu, particularmente, tenho muito medo do parto em si, imagina se ainda tiver que me preocupar em passar por uma situação dessas.
Admiro sua coragem em falar a respeito e mostrar pra todo mundo que não acontece isoladamente e que ser maltratada na hora do parto não é normal.
Tenho uma tia enfermeira e um amigo que é técnico em enfermagem, ambos contam histórias absurdas de dentro de hospitais. Pessoas que estudam pra cuidar das nossas vidas e que fazem juramento pra isso, pouco se importam com ela. É um atendimento mal dado, um remédio mal dosado, um cuidado mal feito. Descaso.
Infelizmente, isso é multiplicado sei lá quantas vezes em hospitais públicos.
Sofri violência desde o momento em que eu entrei na maternidade.
Uma menina de 20 anos, negra e sozinha. Um prato cheio para as línguas afiadas das enfermeiras e do obstetra de plantão. Fui julgada a todo momento. No auge das contrações eu só queria gritar e ouvia coisas do tipo “na hora de fazer vc não gritou assim! agora aguenta!”. Não me permitiam ficar na posição que fosse mais agradável pra mim, foram inúmeros exames de toque e eu só queria sair dali.
Passei por uma episiotomia e só descobri quando fui urinar e doeu.
Só fui melhor tratada quando “descobriram” que eu era uma universitária, que eu tinha um certo grau de instrução e que só estava sozinha pq a minha família era de outro estado.
Estou chocada com seu relato. Embora minha mãe tbm não teve um parto feliz, ela nunca me contou detalhes assim, acho que porque talvez eu não aguentaria ouvir. Você foi muito forte, muito corajosa, gente que orgulho de você! Obrigada por compartilhar, de coração. Quero ter meu primeiro filho ano que vem e estou pesquisando várias coisas… uma das minhas preocupações é o parto.
Super beijo.
Re, caramba. Mal podia acreditar que o que eu estava lendo era verdade. É um absurdo o que fizeram você, e as outras mães, passarem nesse lugar. Desde a mulher reclamando dos sapatos (que, sinceramente, estou pouco me importante com a porcaria dos sapatos dela, assim como ela também deveria estar) até a costura errada (como assim, um médico, pessoa na qual você deveria poder confiar, diz que costurou a porcaria errada?!). Subiu uma raiva aqui, mesmo que eu nunca tenha passado por nada nem próximo. O nascimento deveria ser um momento de calma para a mãe, um momento para ela ficar tranquila. Mesmo com as dores, a força, as coisas que acontecem em meio ao parto, é para ela confiar porque está nas mãos da pessoa certa, que vai cuidar dela e do bebê. Absurdo você ter passado por isso. Absurdo mulheres terem que passar por coisas assim.