Sua indignação é apenas um reply?
Nesse mundo de sabe-se lá quantos zeros compõem a internet atual, quantas pessoas falam (ou melhor, “tuitam”) entre outras coisas, há um longo caminho a percorrer até a realidade…
O que percebo, e com certeza não sou a única, é que a partir de que momento a barreira do virtual atinge o real. Vou citar um exemplo, ocorrido há semanas atrás, o Mamaço. A sua vizinha, sem nenhum conhecimento do fato, não se sentiu abalada com as opiniões, ou melhor: a opinião dela continua lá, intacta. E, muitas vezes, sequer há alguma! Ela não soube o que foi o Mamaço, e possivelmente ela não vê motivo para enfrentar outras pessoas e fazer o que tiver vontade.
O mesmo vale para situações que envolvem preconceito. O moço na rua ainda torce o pescoço, faz cara feia e utiliza os termos “bichinha” ou “viadinho” ao avistar um jovem possivelmente homossexual na rua. Ele não receberá e-mails, nem replys indignados, e tampouco um post com o link do seu “blog” criticando sua opinião. Ele continuará julgando até seus últimos dias, e ninguém o dirá que essa atitude é totalmente desnecessária e desrespeitosa.
O que quero dizer é, que embora felizmente muitas de nossas opiniões tenham amadurecido junto com a internet, o que não é vergonha nenhuma (muito pelo contrário, é um saldo positivíssimo), o mundo real continua ali e ainda temos que lidar com ele. A sua opinião é apenas um retweet? Seu apoio é apenas um curtir? Sua indignação é apenas um reply?
Acho que podemos quebrar essa barreira entre o real/virtual. Não ter medo de repassar o que aprendemos, não criar uma personalidade de forma que só protesta virtualmente, e que, numa roda entre amigos ou entre familiares, a coragem de se manifestar é nula. Afinal, muitas vezes criamos opiniões a partir de influência de outras pessoas, que como disse anteriormente, não é vergonha nenhuma. Mas nós também podemos ser transformadores de opinião.
É digno expormos nossas opiniões no mundo virtual, mas você precisa acreditar realmente no que diz. Citando um exemplo estúpido, se eu digo nas redes sociais que adoro morangos, quando tiver oportunidade de comê-los, eu deixarei passar? Observarei os morangos serem devorados e sequer mordiscarei um que seja? Pense nisso.
E então… você tem coragem? A escolha, é sua.
Muito bom mesmo…
De nada adianta adianta ficar esbravejando no mundo virtual e nada faze no real.
É daí que surgem os famosos da internet,pessoas que nada (ou muito)pouco realizam de concreto no mundo real, mas muita gente idolatra.
Valeu.
Ótima reflexão, adorei! Vim retribuir a visita e logo sou posta a pensar! “Não pensa muito que dói” era o nome de um grupo de teatro antigo, hehe
Janominha é fofa e útil. Recomendo muito. Eu não sabia costurar e queria aprender a customizar umas camisetinhas, queria faer umas bolsas de furoshiki, cisas simples. Ela foi excelente apra esses pequenos projets. Depois paguei umas 10 aulas de costura e passeia fazer almofadas. Essa é minha dica para deixar teu quarto muito aconchegante: uma manta ao pé da cama, muitas almofadas gostosas, uma luminária bacana e várias revistas. pronto, ninho feito.
Espia o que fiz em um home office frio:
http://www.fernandareali.com/2010/10/almofada-pratica-fiz-em-meia-hora.html
Lindo blog, parabéns!
Muitas vezes as pessoas só tem voz ativa mesmo no virtual … As vezes elas só tem preocupação de ficar indignada de verdade ou defender uma causa quando os delas não estão na reta …
Vejo isso na minha faculdade … enfim, enquanto o calo não é deles beleza …
http://cuteandcurious.com.br
Certissimo! Na minha historia pessoal, a internet me ajudou muito a construir o meu senso critico (real, e também virtual). De forma alguma deixo de me expressar na realidade porque apesar da internet ser um meio fantástico, a gente (ou eu, pelo menos) só sinto que estou fazendo a diferença quando a coisa é no olho no olho.
Seu texto com certeza vai servir pra muita gente que anda com os braços cruzados!
Muito legal o blog!! =)
Beijos
povo levantou muitos tópicos interessantes aqui nos comments hein?
mas ó, vou te dizer, não tenho separação de real e virtual, não.
Lembro bem quando comecei a pensar sobre isso quando há uns meses atrás comecei um relacionamento “amoroso” pela net e minha psicóloga dizia “quando vcs começarem o relacionamento”. Como assim? O relacionamento estava acontecendo.. e aconteceu mais e melhor no “virtual” que no “real”.
Eu sinceramente não faço diferença. Sou quem sou e penso o que penso na frente do monitor e estampada nele.
Você grávida ficou aguçada hein…rsrs
Ou será que eu não lia direito isso aqui antes?
beijocas!
Pois bem querida, use e abuse…
Adoreo repasar o que aprendi, aguarde as proximas.
Ninguém via entender do que se trata!
kkkkk
Bj, LC
Acho q quando a idéia é verdadeira não existe o porquê de não reproduzí-la na vida real. Muito do que leio, comento, discuto na net durante o dia no trabalho levo para discutir em casa, com marido, mãe, pai, cachorro e gato. O que existe muito na vida internética são as falsas idéias. O indíviduo acha que por estar atrás de um monitor está invisível e por isso pode exagerar na sua opinião ou simplesmente falar algo que não tem nada a ver com o que pensa só pra levar um “curti”. Muitos ainda pensam que a net é terra de Malboro, sem lei, sem respeito e sem individualidades. Mas acho que isso é só questão de tempo até essas pessoas aprenderem que aqui só é uma extensão da vida real.
Sobre ter “coragem” de encarar familiares, amigos ou outras pessoas e expor sua opinião, é delicado.
Me lembro da época das eleições para presidencia. Dilma x Serra. O twitter ficou nojento nessa época. Evitei de entrar nele durante uns dias. E me lembro de ver amigos e familiares super agressivos dizendo:
‘Quem votar na Dilma é bandido que nem ela.’
‘Quem votar no Serra é retardado.’
E por aí vai…
O tom não era de brincadeira. As pessoas realmente ficaram emocionalmente mexidas com as eleições.
Minha vontade ao ouvir essas coisas era de dizer: Opa! Então eu sou bandido e retardado? Por que você nunca me disse isso antes?
Mas pra que? Pra embarcar numa discussão de intolerância? Por que essa foi a postura deles e dificilmente acho que mudariam.
Acho que é preciso saber quando opinar e quando calar, até porque expor uma opinião não garante que ela vá ser respeitada, valorizada ou ao menos ouvida. As vezes um retweet pode ter a mesma (ou nenhuma) força de uma opinião falada.
Penso que saber o que dizer, saber como argumentar, é mais importante do que o meio em que é apresentada.
Esse é um ponto interessante à ser discutido.
Um retweet muitas vezes é uma forma de protesto e acredito no seu valor, mesmo que isso não resulte em uma marcha ou movimento físico de pessoas. Através da internet muitas coisas ganham destaque em outros meios e assim os temas são discutidos e as opiniões até podem ser modificadas.
Você citou o exemplo da deputada Myrian Rios. Mas se não fosse o movimento do Twitter, não acredito que ela teria se retratado e talvez até repensado sua opinião.
As marchas hoje viraram moda. E não que eu ache errado as pessoas protestarem por aquilo que acreditam, mas esse grande número de marchas que vem acontecendo (ao menos em SP), faz com que elas percam um pouco do seu valor.
Não gosto muito dessa separação do mundo “real” do “virtual”, tratando-os como se fossem dois polos opostos. Não são. Cada vez mais o “mundo real” está no virtual e hoje o mundo virtual tem força real fora dele.
Seu post veio bem a calhar hoje. Um familiar veio cheio de conversinha homofóbica hoje, como se fosse mera “opinião”, e que todos tivessem que ouvir e aceitar. Eu me revoltei, me acharam grossa e indelicada. Mas eu não consigo ver se reproduzir esse tipo de discurso, principalmente debaixo do meu teto. Se ela tem a opinião dela, tenho todo direito de discordar e não querer ficar ouvindo aquilo. Na internet, temos com excluir e dar block em quem fala besteira. Na vida real, a gente tem que se insurgir se não quiser ouvir esse tipo de coisa.
Eu acho que acaba sendo uma faca de dois gumes se entendi bem seu ponto de vista. Porque o que vejo de gente sem base de conhecimento nenhuma a respeito de determinados assuntos opinando como se fossem donos da verdade… Por isso que muitas vezes eu prefiro ficar quieta do que falar bobagem 🙂
Por um mundo onde a personalidade das pessoas não se esqueceu em casa e todos devoram os morangos e não apenas os observam.
O monitor não deveria ser uma máscara e a internet deveria AJUDAR as pessoas, AJUDAR o mundo.
Compreendo o que quer dizer…
Por um lado,uso a internat para tornar mais palpável o que parece distante ( EX: meu codinome: Litlle Cherry, minha certidão: Gisele) e por outro, é simplesmente minha autobiografia (tudo o que sou).Não quer dizer que seja boa ou ruim,mas é minha e meu twitter, face, blog – tudo que uso na rede,são ferramentas de expressão do penso, desejo, alcanço ou não.
Acredito que nem todos são asssim…
Hj em dia é fácil ler sobre um produto e seus efeitos numa revista e postar que conhece o tal produto…não é mesmo?
Mas eu ainda acredito nas pessoas… e acho que é saldável conservar a mesma atitude e opinião na rede e nas ruas, ou vice-versa.
Bj, LC.
adorei. é realmente uma pergunta que todos devemos fazer?
tenho feito o que eu proclamo? falo e faço ou só fica da boca pra fora? Pra digitar no twitter uma indignação é fácil, mas pra mover situações que podem promover debates e encaminhamentos para mudanças é outros 500 né?
No mínimo uma post pra nos fazer pensar!
gostei mesmo 😀
bejinhos no barrigão :*